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quinta-feira, 20 de maio de 2010

Maniçoba em LUTO


O Povoado da Maniçoba perdeu no último dia 18 de maio a senhora Maria Anita de Almeida, Mariazinha, vítima de um AVC (acidente vascular cerebral). Mariazinha sempre será lembrada por seu exemplo de mulher guerreira, solidária, alegre, devota, trabalhadeira e entusiasta de todos os aspectos da cultura do povoado.

Mariazinha partiu como sempre desejou, em plena condição de trabalho: varreu seu terreiro, arrumou a casa, despediu-se dos netos que iam à escola e preparou a casa para receber as pessoas no dia em que receberia a imagem da Mãe Rainha. Contudo, aquela preparação toda receberia outra conotação no final daquele dia: seu velório. Cumpriu-se assim seu desejo expresso de não ficar doente e de dar trabalho aos familiares antes de sua morte. Tudo aconteceu em menos de 24 horas. Mariazinha partiu sem dar aviso, diretamente para a casa do Pai.

Desejava também um enterro simples. Havia separado uma roupa para a ocasião. Vieram filhos, parentes e amigos de vários lugares para a cerimônia. As amigas vestiram a camisa da Mãe Rainha, prestando-lhe uma última homenagem à sua imensa devoção a Nossa Senhora.

Este blog entra de luto e se solidariza com os familiares e amigos de Mariazinha neste momento de sofrimento.

Mariazinha permanecerá sempre em nossos corações e em nossa memória pelos momentos compartilhados com ela, que nos deixa um exemplo incrível de vida dedicada à caridade e doação ao próximo.

Publicamos abaixo uma poesia que traduz o momento de sua partida.

Consoada

Quando a Indesejada das gentes chegar
(Não sei se dura ou caroável),
talvez eu tenha medo.
Talvez sorria, ou diga:
- Alô, iniludível!
O meu dia foi bom, pode a noite descer.
(A noite com os seus sortilégios.)
Encontrará lavrado o campo, a casa limpa,
A mesa posta,
Com cada coisa em seu lugar.

(Manuel Bandeira)

domingo, 16 de maio de 2010

Nossa incrível dinâmica do pouco muda

Incríveis promessas para poucas ações. Nossos dias permanecem os mesmos. Nossa situação permanece a mesma: acesso caótico às sedes municipais; praça sem plantas, árvores, bancos; criminalidade.
Nosso forte povo continua à espera. Esperançoso do que já vem. Nunca vem. Oportunizando o lento tempo para que se cumpra as "divinas promessas". Acreditando em "boas vontades". Em rumos que apontam nenhuma direção. Os buracos nas estradas dão stop ao nosso desenvolvimento. Quem se pronuncia?